Muito se fala sobre a objetividade científica – fala-se bem ou fala-se mal.
Tem gente que diz que a ciência é objetiva porque trata da realidade; tem gente que diz que a ciência é científica porque é um conhecimento metódico; tem gente que diz que é objetiva porque chegou-se a um acordo ou a um consenso a respeito de suas teorias; e tem gente que diz que ela é objetiva e ponto.
Tem gente que que diz que a ciência não é objetiva porque seus enunciados refletem os preconceitos sociais (machistas, racistas, economicistas); tem gente que diz que a ciência não é objetiva porque só trata das aparências; tem gente que diz que não é objetiva porque não dá valor à relação entre o sujeito cognoscente e o objeto; e tem gente que diz que a ciência não é objetiva porque não é e ponto final.
Contudo, não é muita gente (fora dos círculos filosóficos) que se interroga, a sério, o que significa a própria objetividade da ciência. Afinal, antes de decidir se a ciência é objetiva ou não, é necessário definir a própria noção de objetividade, não é mesmo?
Posicionando-me a respeito do problema da objetividade da ciência, escrevi um estudo a partir da epistemologia de Gaston Bachelard. O estudo está publicado online na eBooksBrasil e pode ser baixado gratuitamente em formato PDF, bastando clicar na imagem acima.